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Morre italiana envolvida em caso de eutanásia
Fonte Yahoo notícias
Por Silvia Aloisi
ROMA (Reuters) - Eluana Englaro, cujo destino virou motivo de uma polêmica sobre a eutanásia na Itália, morreu na segunda-feira, após ficar em coma nos últimos 17 dos seus 38 anos, segundo a clínica onde estava internada. O governo conservador de Silvio Berlusconi tentou até a última hora impedir os médicos de retirarem o tubo de alimentação da paciente.
O tubo havia sido retirado no dia 6, a pedido da família de Englaro, que vivia em estado vegetativo desde que sofreu um acidente de carro, em 1992.
O Senado, que debatia uma lei que obrigaria a clínica a reiniciar a alimentação, fez um minuto de silêncio. Mas a gritaria imediatamente foi retomada, com políticos de centro-esquerda e centro-direita se acusando mutuamente de tentarem se aproveitar politicamente do caso, que há meses mobiliza a opinião pública.
O caso de Englaro foi muito comparado ao da norte-americana Terry Schiavo, que morreu em circunstâncias semelhantes em 2005, também após uma longa disputa judicial.
O pai da italiana passou dez anos solicitando a diversas instâncias judiciais que autorizassem os médicos a desligarem o tubo que a alimentava e hidratava. Ele alegava que a moça comentara, antes do acidente, que preferia morrer a viver em estado vegetativo.
A decisão final nesse sentido, no começo do mês, irritou o Vaticano e o governo. Na sexta-feira, Berlusconi baixou decreto ordenando que os médicos religassem os aparelhos, mas o presidente da República, Giorgio Napolitano, recusou-se a assiná-lo, por considerá-lo inconstitucional.
Berlusconi então buscou a aprovação no Parlamento de uma lei que proibisse a retirada da alimentação de pacientes inconscientes. O Senado deve aprová-la na terça-feira, e a Câmara deve votá-la no dia seguinte.
O caso divide este país católico, onde nos últimos dias havia manifestações diárias pró e contra a decisão de deixar Englaro morrer. Também houve um debate sobre a pertinência das manifestações do Vaticano sobre o caso.
Na segunda-feira, ao receber o novo embaixador brasileiro no Vaticano, o papa Bento 16 se referiu indiretamente ao caso pelo terceiro dia consecutivo, declarando que "a santidade da vida deve ser salvaguardada desde a concepção até o seu fim natural".
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